Região Oceânica de Niterói: um mar de praias para escolher

Um mar de praias para escolher e curtir com a família

Mesmo neste verão atípico, onde chega até fazer frio, seguido de dias de calor intenso, as praias ainda são a grande atração de nosso estado do Rio de Janeiro. Por todos os lado, existem maravilhas naturais capazes de reforçar os sentimentos mais puros de moradores e visitantes do Estado. Desta vez, a equipe do Portal do Rodoviários colocou os pés nas estradas da Região Oceânica de Niterói. Formada pelos bairros de Cafubá, Engenho do Mato, Jacaré, Piratininga, Camboinhas, Itaipu e Itacoatiara, com áreas de Mata Atlântica, como a Serra da Tiririca, e duas lagoas de água salgada (Piratininga e Itaipu), a região encanta e convida qualquer um a uma visita que pode ser feita até mesmo em dia de folga.

De carro, saindo do Centro de Niterói, o caminho é marcado pelas belas vistas das praias de Boa Viagem, Ingá, Caminho Niemeyer, Icaraí, São Francisco e Charitas. As ruas e avenidas são bem sinalizadas e é fácil chegar à orla Oceânica. De ônibus, basta ir até o Terminal Rodoviário João Goulart, ao lado das barcas, escolher o seu destino e embarcar no ônibus que vai até ele. Ambas as formas são recomendáveis, o importante é iniciar o passeio bem cedinho, para fugir de congestionamentos e conduções lotadas, principalmente em fi ns de semana e feriados muito ensolarados.

A Estrada Francisco da Cruz Nunes (avenida principal) parece mesmo um lugar no campo: no começo, os prédios, construídos recentemente, não agridem a paisagem por serem de até quatro andares, e, próximo à praia, somente casas, ainda com muros e portões baixinhos, compõem o visual, que é bastante arborizado. A orla de Itaipu, em formato de enseada, possui mar calmo, excelente para a prática de stand up paddle surf (prancha de remo) e totalmente recomendável para a criançada.

A especialidade dos restaurantes: peixe. É difícil resistir ao aroma e, é claro, ao seu sabor fresco. O pescador Luiz Carlos Lopes da Silva, 57 anos em Itaipu, não troca o lugar por nada: “Aqui cresceu muito, e as expectativas são de mais desenvolvimento”. Marcos Antônio Marchette, conhecido como Cabeludo, completa: “Nossa pesca é artesanal, mas agora tem muita rede dentro do mar. Os peixes estão sumindo, e até tartaruga já vimos morrer por ter fi cado presa. É uma pena. Para mim, esta é a melhor praia da Região Oceânica”.

Subindo a Serra

Itacoatiara é cercada pelo Parque Estadual da Serra da Tiririca, e quase todas as ruas do bairro, considerado de classe média/alta, têm nome de flores. De Itaipu, uma caminhada é suficiente para ter acesso ao visual incrível da praia do local. Os quiosques são poucos, com estrutura simples e bastante acolhedora. Já o mar, dependendo do dia, exige certo preparo: bom para as práticas de surfe e de bodyboarding. Algumas residências das redondezas são de veraneio, e todas as construções obedecem às regras rígidas da Lei Orgânica de Niterói. Do Morro do Costão, é possível pescar e, se o visitante estiver com bom condicionamento físico, é só subir até o topo e se deliciar com a vista.

Para chegar até Itaipuaçu, é preciso cruzar toda a serra e, se estiver de carro, a parada no mirante torna-se obrigatória. Sua belíssima orla é bem grande e ainda pouco explorada; ou seja, os pontos de apoio (bares e restaurantes) concentram-se em uma única entrada, o restante ainda é virgem. A vista, à direita, é desenhada pela Pedra do Elefante; e cuidado ao arriscar subir as areias com um carro que não seja 4×4, porque são propícias ao atolamento. Pouco comércio, além de muitas casas e bons terrenos à venda. Tudo bem atraente para considerar a ideia de investir, pensando no futuro ou mesmo em fins de semana longe da correria das capitais.

As mais próximas do Centro

A popular Piratininga tem vários quiosques que alugam cadeiras e guarda-sóis, e vendem bebidas e petiscos. Da sua extensa faixa de areia, é possível ver a principal cadeia de montanhas da cidade do Rio de Janeiro, incluindo Pedra da Gávea, Pão de Açúcar e Corcovado. Em uma de suas extremidades está a Prainha, cuja maior atração é a Pedra da Baleia, de onde inúmeros corajosos mergulham no mar. Por ser uma praia pequena, o local enche facilmente, principalmente com público mais jovem.

E a tranquilidade de Camboinhas deixa saudades. Nossa visita foi feita em um dia de mar calmo, porém costuma ser mais agitado. Assim como em Itacoatiara, o banhista precisa passar por uma área de restinga antes de chegar até a areia, o que contribui para a composição do belo cenário. Enfim, a Região Oceânica de Niterói é perfeita para todos os gostos: é só escolher uma data e cair nessas estradas. E, em 2023, tem mais! Até lá!

Curiosidades

• Itaipu: origem tupi e significa “pedra que canta”.
• Itacoatiara: origem tupi e significa ”pedra pintada”.
• Itaipuaçu: origem tupi e significa “grande pedra na qual a água faz barulho”.
• Piratininga: origem tupi e significa “secagem de peixe”.
• Camboinhas: homenagem ao cargueiro de mesmo nome que encalhou nesta praia, em 1958.