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Na estrada
Que tal desacelerar, deixar o câmbio de lado, as ferramentas, os papéis, o troco, toda a rotina pesada, e navegar para uma ilha? A Ilha de Paquetá está a aproximados 70 minutos da cidade do Rio de Janeiro, e o embarque para essa viagem pode ser feito na Praça XV, no Centro do Rio, diariamente. São 13 praias com águas calmas e oito morros visitados através de trilhas leves. E tudo isso passando por ruas de terra bastante arborizadas. Só tem de tomar cuidado com o trânsito intenso das bicicletas, eletrotáxis e charretes.
De acordo com dados históricos, Paquetá foi descoberta em 1555, por André Thevet, que fazia parte de uma expedição francesa. Em 1893, a também conhecida como “Ilha dos Amores” se transformou em quartel-general de revoltosos da Marinha brasileira, durante a Revolta Armada – movimento contra o Marechal Floriano Peixoto, presidente da época. Mas, a ilha ganhou popularidade quando foi ao ar a novela da Rede Globo “A Moreninha”, baseada no romance de Joaquim Manoel de Macedo e gravada, em grande parte, em Paquetá. A narrativa descreve o amor entre um rapaz da cidade e uma moça criada em uma ilha.
A praia que atualmente é conhecida como “da Moreninha” é um lugar paradisíaco e frequentado por pescadores. Há mais de dez anos morando em Paquetá, Cláudio Coelho, 72 anos, não troca a Ilha por nada. “Aqui é muito tranquilo e seguro; nada acontece. Infelizmente existem drogas, mas não há violência. Ainda durmo com a janela aberta. Eu pesco para comer durante a semana, e limpo o peixe no mar, senão a minha mulher briga comigo. Nos finais de semana, vendo balas e doces nas barcas para fazer alguma coisa diferente”, explica o militar reformado.
No final dessa praia, está a Pedra da Moreninha, que é cortada por um túnel, e seu topo pode ser alcançado por pessoas de todas as idades. Basta subir uma pequena escadaria, cruzar a ponte e admirar a vista para a Baía de Guanabara. Próximo dali está a Ilha de Brocoió, onde fica a residência alternativa do governo do Estado, mas não é aberta à visitação. O estilo colonial é predominante nas construções, e muitas possuem caseiros ou jardineiros, responsáveis pela manutenção. A Casa da Moreninha, na Praia Grossa, é um ótimo exemplo de como os jardins e as fachadas são bem cuidados.
No Parque Darke de Mattos, a circulação de bicicletas é proibida. Assim, não há sons diferentes dos seus passos e dos cantos dos pássaros. Os banheiros, o gramado, o parquinho com diversos brinquedos para a criançada, todas as instalações são bem limpas e conservadas. E por todos os lados há bancos que convidam o visitante para um descanso, uma boa leitura, ou mesmo para momentos de reflexão e de purificação dos pulmões, já que não há poluição no lugar. Lá dentro, está o Mirante Boa Vista, no Morro de Santa Cruz. O nome é ideal, pois, além da Baía de Guanabara, é possível ver a área de manguezal, considerada área de preservação ambiental, e também, bem mais perto, as árvores centenárias e o verde do parque, que formam um lindo jardim. O Parque Darke é uma unidade de conservação da natureza protegida por leis ambientais.
O local está localizado na Praia José Bonifácio, que recebeu esse nome em homenagem ao próprio, que viveu ali, em uma chácara, entre 1829 e 1838. De frente para o mar, a residência é atualmente particular, mas há uma placa de identificação ajudando a preservar a sua memória. Na Praia das Gaivotas, está o Hotel Farol. Construído em 1870, o local era conhecido como a antiga colônia de férias dos funcionários da Mesbla, e conta com uma reprodução do “relógio da Mesbla”, que fica no Passeio Público, no Rio de Janeiro, e é chamado por todos de farol. O jardineiro Raimundo Ferreira ainda se lembra dos visitantes. “Era muita gente. De 200 a 400 pessoas vinham para cá pela empresa e adoravam. Paquetá é muito tranquilo”. Ele vive na Ilha há 40 anos, e foi lá que casou e tornou-se pai.
O padroeiro de Paquetá é São Roque. Sua igreja foi construída em 1698, na antiga fazenda de mesmo nome. Hoje o lugar é conhecido como Praça São Roque. O espaço abriga também o Coreto de São Roque, inaugurado em 1980 e restaurado em 2012. Suas paredes carregam diversas homenagens, como ao bicentenário da Abertura dos Portos (2008) e ao historiador carioca José Vieira Fazenda, que escreveu sobre o santo. Em frente à atual Escola Municipal Pedro Bueno, está o Poço de São Roque (desativado), que antigamente tinha água farta e de boa qualidade. Segundo a lenda, essas águas tinham o poder de curar doenças, como a úlcera na perna de Dom João, e também de atrair um grande amor.
A “Ilha dos Amores” oferece oportunidades para acalentar os corações dos apaixonados, como a Pedra dos Namorados. Jogue, de costas, três pedrinhas pensando no ente amado. Se alguma delas ficar no topo da rocha, seu sentimento será correspondido. Outra lenda é a da Ponte da Saudade, construída em direção ao mar, onde havia um cais que servia de oratório para o escravo João Saudade se aproximar das águas e rezar pedindo notícias sobre sua família. Ele fazia disso um ritual diário, e dizem que desapareceu após um clarão que fez da noite dia.
A conhecida “Maria Gorda”, árvore africana gigante, da espécie baobá, também tem a sua magia. A placa pede para dar um beijo, e diz que quem o faz “sorte por longo prazo” terá. E quem praticar o mal a ela pode se preparar para ter “sete anos de atraso”.
As belezas de Paquetá se confundem com marcos históricos e lendários. O Canhão de Saudação a Dom João VI, usado quando ele chegava à ilha; o Parque dos Tamoios; o Cemitério dos Pássaros, que mais parece uma pracinha; as praias dos Tamoios; São Roque; Coqueiros; Lameirão; enfim, a Ilha de Paquetá tem muito mais coisas, que até quem já conhece pode não ter visto ou nem mesmo se lembrar. Diante disso, anote mais essa para a sua lista de lugares para visitar.
04:0004:5050 min.
Praça XV => Ilha de Paquetá | ||
Saída: | Chegada: | Tempo: |
---|---|---|
06:20 | 07:10 | 50 min. |
09:00* | 09:50 | 50 min. |
13:30* | 14:20 | 50 min. |
16:00* | 16:50 | 50 min. |
18:30 | 19:20 | 50 min. |
20:50 | 21:40 | 50 min. |
23:10 | 00:00 | 50 min. |
* Horário de carga – também transporta passageiros é recomendado chegar com 1 hora de antecedência para a pesagem. Horário atualizado e em vigor desde 22 de junho de 2020. |
Ilha de Paquetá => Praça XV | ||
Saída: | Chegada: | Tempo: |
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05:10 | 06:00 | 50 min. |
07:40 | 08:30 | 50 min. |
10:50* | 11:40 | 50 min. |
14:30* | 15:20 | 50 min. |
17:20 | 18:10 | 50 min. |
19:40 | 20:30 | 50 min. |
22:00 | 22:50 | 50 min. |
* Horário de carga – também transporta passageiros é recomendado chegar com 1 hora de antecedência para a pesagem. Horário atualizado e em vigor desde 22 de junho de 2020. |
Praça XV => Ilha de Paquetá | ||
Saída: | Chegada: | Tempo: |
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04:00 | 05:10 | 70 min. |
07:00 | 08:10 | 70 min. |
10:00* | 11:10 | 70 min. |
13:00* | 14:10 | 70 min. |
17:00 | 18:10 | 70 min. |
22:00 | 23:10 | 70 min. |
* Horário de carga – também transporta passageiros é recomendado chegar com 1 hora de antecedência para a pesagem. Horário atualizado e em vigor desde 22 de junho de 2020. |
Ilha de Paquetá => Praça XV | ||
Saída: | Chegada: | Tempo: |
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05:30 | 06:40 | 70 min. |
08:30 | 09:40 | 70 min. |
11:30* | 12:40 | 70 min. |
14:30* | 15:40 | 70 min. |
18:30 | 19:40 | 70 min. |
23:30 | 00:40 | 70 min. |
* Horário de carga – também transporta passageiros é recomendado chegar com 1 hora de antecedência para a pesagem. Horário atualizado e em vigor desde 22 de junho de 2020. |
Sou um saudoso ex funcionário da Colônia de férias de Paquetá. Tenho muita vontade de levar meus filhos e agora netos a um novo passeio nesse ilha e lógico entrar na Colônia. Infelizmente minha filha esteve lá e encontrou os portões fechados com cadeado. Uma lástima não podermos relembrar todos os momentos felizes do passado. Se houver alguma chance dessa visita acontecer eu gostaria muito de fazer. Tenho um grupo de 10 a 20 pessoas que adorariam matar essa saudade. Podem ajudar a realizar esse sonho? Me chamo Sérgio Santa Rosa Gonçalves, tel. 21 9643 03067.