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Cadastre-se01/10/2024
O movimento Outubro Rosa 2024 tem como objetivo motivar a população e os profissionais de saúde para as ações de controle e os cuidados relacionados ao câncer de mama. A proposta é que durante todo o mês de outubro aconteçam mobilizações sociais de conscientização sobre a prevenção e diagnóstico precoce. A campanha tem ampliado as ações voltadas para a saúde da mulher e prevenção do câncer, incluindo o câncer do colo do útero.
O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no Brasil. A prevenção primária e a detecção precoce contribuem para a redução de sua incidência e mortalidade. É fundamental que as mulheres estejam preparadas para identificar os sinais e sintomas. Ao mesmo tempo, é importante que a rede de atenção à saúde possa garantir acesso rápido ao diagnóstico e tratamento da doença.
A prevenção primária do câncer de mama consiste em reduzir os fatores de risco modificáveis e promover os fatores de proteção para a doença. A prática de atividade física, a manutenção do peso corporal adequado, por meio de uma alimentação saudável, e evitar o consumo de bebidas alcóolicas são algumas das recomendações para a redução do risco de desenvolver câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor.
O diagnóstico precoce, que se dá a partir de sinais e sintomas suspeitos, permite um tratamento efetivo ou maior sobrevida para a paciente. A orientação é que a mulher observe e apalpe suas mamas sempre que se sentir confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando-se a descoberta casual de pequenas alterações mamárias, como:
A detecção precoce do câncer de mama também se dá através do exame de mamografia. É recomendado que mulheres de 50 a 69 anos, de risco padrão, façam uma mamografia de rastreamento a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes da pessoa apresentar sintomas. A mamografia nesta faixa etária, com periodicidade bienal, é a rotina adotada na maioria dos países que implantaram o rastreamento organizado do câncer de mama e baseia-se na evidência científica do benefício dessa estratégia na redução da mortalidade nesse grupo.
Para mulheres com risco elevado de câncer de mama, recomenda-se que tenham acompanhamento médico individualizado, pois não há ainda uma recomendação específica para esse grupo.
O câncer do colo do útero é a terceira neoplasia mais frequente em mulheres no Brasil, com grandes desigualdades regionais e maior incidência e mortalidade nas regiões menos desenvolvidas do País, em especial a Região Norte. Está em curso uma chamada global para a eliminação da doença por ser praticamente 100% prevenível por vacina e rastreamento.
Esse tipo de câncer está associado à infecção persistente por subtipos oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano), especialmente o HPV-16 e o HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais. A infecção pelo HPV é muito comum. Estima-se que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas ao longo de suas vidas. A maior parte dos casos regride espontaneamente. Quando isso não acontece, pode ocorrer o desenvolvimento de lesões que, se identificadas e tratadas adequadamente, é possível prevenir a progressão para câncer.
A principal forma de prevenção é a vacinação contra o HPV, que protege contra os subtipos oncogênicos 6, 11, 16 e 18. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. A recomendação atual é de dose única para meninas e meninos com idade entre 9 e 14 anos, pois esta vacina é mais eficaz se usada antes do início da vida sexual.
A vacina também está disponível no SUS para pessoas de 9 a 45 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos, que apresentam maior risco de desenvolver câncer e complicações relacionadas ao HPV. Estão incluídas ainda as pessoas, nessa faixa etária ampliada, que foram vítimas de violência sexual e que são portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PPR).
A detecção precoce do câncer do colo do útero é feita atualmente pelo exame citopatológico do colo do útero, na faixa etária de 25 a 64 anos, a cada três anos.
Fonte: Ministério da Saúde – Instituto Nacional do Câncer
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