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Cadastre-se08/10/2024
Provavelmente você já deve ter ouvido falar sobre esses termos: língua, idioma, dialeto e gíria. São expressões comuns e popularizadas da sociolinguística – área da linguística que estuda a relação entre a língua e a sociedade – esses elementos apresentam diferenças significativas entre si, e estão relacionados à forma como usamos a linguagem para nos comunicar, suas variações locais, o nível de formalidade da comunicação e o contexto social e cultural. A comunicação é a finalidade maior de uma língua, idioma, dialeto ou gíria: é por meio do uso dessas formas que ocorrem grande parte das interações sociais.
A língua é, sobretudo, um instrumento de comunicação, usado pelos falantes para interagir em sociedade. Ela pertence aos falantes, que dela apropriam-se para estabelecer interações com a sociedade onde vivem. Uma língua é composta por regras gramaticais e vocabulário. É um fenômeno social, desenvolvido ao longo do tempo por uma sociedade e é capaz de evoluir. O português, por exemplo, é uma língua falada em vários países, com pequenas variações regionais.
O termo idioma é frequentemente usado como sinônimo de “língua”, mas com um foco maior no aspecto nacional. Um idioma é uma língua associada a um estado-nação ou grupo específico. Assim, enquanto o português é a língua falada no Brasil, Portugal e outros países, o idioma oficial do Brasil é o português brasileiro. O uso do termo idioma destaca a relação da língua com uma nação ou cultura específica. Mesmo que existam comunidades que utilizem outros idiomas, apenas a língua portuguesa recebe o status de língua oficial.
Dialeto, por outro lado, refere-se a variações regionais, sociais, prestígio, de cultura ou fatores socioeconômicos de uma língua. Um dialeto pode apresentar diferenças na pronúncia, gramática e vocabulário, mas continua sendo compreensível para os falantes da mesma língua. Por exemplo, o português de Portugal é um dialeto diferente do português falado no Brasil. O acordo ortográfico que entrou em vigor em 2009, firmado por países que tem o Português como idioma oficial (Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste), tenta diminuir as diferenças, ao menos na forma escrita da língua.
Já as gírias de uma língua são expressões idiomáticas que não se podem traduzir literalmente na língua formal, sendo, portanto, uma variação mais informal e temporária da linguagem, comumente usada por grupos específicos, como jovens, profissionais de áreas determinadas ou moradores de uma região. As gírias tendem a ser criativas, dinâmicas e muitas vezes mudam rapidamente com o tempo. Por exemplo, palavras como “treta” e “rolê” são gírias no Brasil que podem ter diferentes significados dependendo do contexto. Embora sejam amplamente usadas, as gírias raramente fazem parte do vocabulário formal ou oficial de uma língua.
Muitas das gírias e expressões idiomáticas que se utilizam no Brasil têm relação com a comida.
As diversas formas da língua podem conviver no mesmo falante, variando de acordo com a situação de comunicação, o nível de formalidade e o contexto. Por exemplo, uma pessoa pode usar uma linguagem mais conservadora, mais próxima do idioma oficial do País, numa situação formal como em uma empresa ou palestra, um dialeto em sua região de origem e um linguajar mais informal em uma situação mais descontraída, onde incluiria gírias.
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