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21/05/2024

Leptospirose: conheça os sintomas, período de incubação e o tratamento

As enchentes no Rio Grande do Sul trouxeram à tona a preocupação com uma série de doenças que podem ocorrer devido ao contato das pessoas com as águas das chuvas e com a lama. Vamos falar sobre elas no decorrer do mês, começando com a leptospirose.

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas. O período de incubação, ou seja, intervalo de tempo entre a transmissão da infecção até o início das manifestações dos sinais e sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco.

A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas, além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos.

O diagnóstico específico é feito a partir da coleta de sangue no qual será verificado se há presença de anticorpos para leptospirose (exame indireto) ou a presença da bactéria (exame direto).

O tratamento com o uso de antibióticos deve ser iniciado no momento da suspeita. Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial, mas, nos casos graves, a hospitalização deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a letalidade. A automedicação não é indicada. Ao suspeitar da doença, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar o contato com exposição de risco. A eficácia do tratamento, feito com antibiótico, costuma ser maior na primeira semana do início dos sintomas.

As manifestações clínicas variam desde formas assintomáticas e subclínicas até quadros graves, associados a manifestações fulminantes. São divididas em duas fases:

fase precoce – primeira semana: 

febre, dor de cabeça, dor muscular, principalmente nas panturrilhas, falta de apetite, náuseas/vômitos, podendo ocorrer diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular e tosse.

fase tardia: 

Síndrome de Weil – tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias; Síndrome de hemorragia pulmonar – lesão pulmonar aguda e sangramento maciço; Comprometimento pulmonar – tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica; Síndrome da angustia respiratória aguda – SARA; manifestações hemorrágicas – pulmonar, pele, mucosas, órgãos e sistema nervoso central).

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