Caricatura, charge, cartum e grafite: entenda as diferenças

No dia 15 de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que reconhece a charge, a caricatura, o cartum e o grafite como manifestações da cultura brasileira. A medida visa promover a valorização da diversidade cultural e artística do país, além de determinar ao Poder Público a garantia da livre manifestação e preservação dessas expressões artísticas. O reconhecimento oficial também oferece novas oportunidades para artistas, promovendo a inclusão e o desenvolvimento econômico em comunidades marginalizadas.

Mas, afinal, você sabe o que são esses tipos de arte e a diferença entre elas?

• Caricatura – é um desenho que exagera traços, características ou hábitos de uma pessoa, de forma humorística. A palavra Caricatura, do italiano “caricare”, que significa “carregar”, no sentido de exagerar, aumentar algo em proporção.

• Charge – é um gênero jornalístico marcado pela ironia, que utiliza elementos verbais e não verbais, como desenhos e caricaturas, para satirizar ou criticar acontecimentos e personalidades do momento atual, especialmente nas áreas política, social, cultural e esportiva. Normalmente segue a linha cômica e pode ser encontrada em jornais, revistas e mídias digitais. O termo charge vem do francês “charger”, que significa “carga”, que exagera o caráter de alguém ou de algo para torná-lo ridículo.

• Cartum – também é considerado um gênero jornalístico opinativo ou analítico que utiliza o humor para fazer questionamentos sobre a sociedade. Assim como a charge pode combinar linguagem verbal e não verbal e apresentar caráter anedótico. A diferença é que o cartum não retrata personagens conhecidos e não tem como objetivo satirizar uma situação atual. Ele simplesmente faz graça com uma situação cotidiana. É algo próximo de uma piada. O nome cartum é oriundo do inglês “cartoon”, que significa “cartão. A palavra pode significar também “estudo” ou “esboço”.

• Grafite – um tipo de arte urbana caracterizado pela produção de desenhos em locais públicos, como paredes e edifícios, utilizando sprays e latas de tintas. Seus desenhos expressam narrativas da cidade e fazem críticas e reflexões sobre a realidade social. Muitas vezes enfrenta a criminalização e a repressão. A palavra vem do italiano “grafito”, que quer dizer “escritas feitas com carvão” ou “escritas feitas em parede”.