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17/01/2025

Alerta mundial: aumentam casos de câncer de intestino entre jovens adultos

No Brasil, o câncer de intestino ou colorretal atinge cerca de 50 mil pessoas por ano. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) é o terceiro tipo mais comum, atingindo homens e mulheres igualmente, com mais frequência em idosos. Porém, estudo de 2023, da Sociedade Americana de Câncer, mostra que tem aumentado os casos da doença na população com menos de 50 anos.

O tumor, que afeta o intestino grosso (o cólon) e o reto, está entre os mais impactantes na saúde e na qualidade de vida. Nos últimos anos, essa tendência (aumento de casos entre adultos jovens) chamou a atenção de especialistas, que dizem tratar-se de um alerta mundial e preocupante. Vale destacar que, no geral, houve um aumento em todos os tipos de câncer no Brasil, com os números dobrando em 20 anos, chegando a cerca de 700 mil novos casos por ano.

O estilo de vida e o histórico familiar são fatores associados ao câncer do intestino. Ou seja, o sedentarismo, o consumo de alimentos ultraprocessados e de álcool, a idade, doenças inflamatórias intestinais e tabagismo, além do consumo excessivo de carne vermelha (mais de 500g por semana) são hábitos que influenciam diretamente na saúde do intestino. Segundo o Inca, os alimentos in natura, como frutas, legumes e verduras, têm efeito protetor e ajudam a evitar a formação e progressão do tumor.

O câncer colorretal pode se expandir sem apresentar sinais. Por isso, é muito importante estar atento ao seu corpo e a qualquer mudança procurar um médico. Sangue nas fezes, dores abdominais, náuseas, vômitos e alterações no funcionamento do intestino são sintomas que merecem ser investigados. É fundamental fazer exames preventivos a partir dos 40 anos, pois o diagnóstico precoce pode garantir um bom resultado no tratamento.

Intestino delgado e intestino grosso

O intestino é um enorme tubo de quase 10 metros de comprimento que é dividido entre delgado e grosso. O intestino delgado é responsável pela digestão e absorção dos alimentos, permitindo que os nutrientes e minerais sejam aproveitados pelo organismo. Um fato importante é que é extremamente raro um câncer se desenvolver nessa região.

Já o intestino grosso é o final do tubo digestivo e é dividido em três partes: ceco, cólon e reto (os dois últimos, locais mais comuns de ocorrência de tumores). No intestino grosso ocorre a etapa final da digestão. Nele se acumulam os resíduos do processo digestivo em forma de fezes. Esse órgão também é responsável pela absorção de água, que determina a consistência do bolo fecal. É no intestino grosso que se concentra a maior parte dos tumores, por isso é mais correto dizer câncer colorretal.

Não se sabe ao certo porque a incidência de câncer é maior nessa parte do intestino, mas as lesões cancerígenas surgem nessa região devido a um crescimento anormal de células presentes na mucosa do intestino, formando os chamados pólipos.  Podem surgir em qualquer parte do organismo que tenha mucosas, como útero, vesícula e cólon e são muito comuns nos indivíduos a partir dos 45 anos. Em sua maioria, os pólipos são lesões benignas, identificadas a partir de exame de colonoscopia. Porém, uma parte pequena dessas lesões podem se transformar em câncer ao longo dos anos. Por isso, sempre que encontrados durante o exame, são removidos.

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