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16/04/2024

Você sabe o que é o Safe? Sim, tem a ver com segurança nos ônibus

O Safe (Sistema de Acompanhamento de Frota em Emergência) é uma plataforma criada pela Semove, em parceria com entidades da área de segurança, para que as empresas de ônibus do estado do Rio de Janeiro possam fazer o registro de assaltos, roubos, depredação e incêndios ocorridos dentro de seus coletivos ou nos pontos de embarque e desembarque, visando contribuir com o trabalho estratégico das forças de segurança pública.

 

De acordo com dados da Semove, entre os anos de 2010 e 2015, foram registradas cerca de 18.000 ocorrências por ano. Entre 2016 e 2019, esse valor saltou para cerca de 23.000. De 2020 até os dias de hoje, observa-se uma redução nesse patamar, para cerca de 14.000, que pode ser justificada pela pandemia de Covid-19 e subsequente redução nos fluxos de pessoas e veículos nas cidades. Em 2022, foram registrados 14.881 casos nos coletivos, representando cerca de 40 por dia, ou 1 ocorrência a cada 36 minutos.

Disque Denúncia: duas frentes de atuação

Por intermédio do Safe, a Semove se une aos órgãos de segurança pública do estado do Rio e, com a parceria das empresas de ônibus a ela associadas, contribui para o mapeamento dos principais locais de ocorrências de assaltos e roubos em ônibus. Esse trabalho conjunto permite uma atuação das forças de segurança pública, tanto preventiva como repressiva, mais ágil e direcionada. A ferramenta se propõe a melhorar a qualidade de comunicação entre as operadoras de transporte coletivo e os órgãos de segurança, a partir do fornecimento de informações e dados inseridos na plataforma diretamente pelas empresas vítimas desses crimes.

Outra forma de alimentar o Safe com informações é a partir dos dados coletados pelo programa Disque Denúncia, com o qual a Semove firmou parceria em abril do ano passado, através do Instituto MovRio, responsável pelo programa, com o objetivo de aumentar a segurança nos ônibus do estado do Rio. Essa é uma parceria antiga, que havia sido interrompida e, agora, ao ser retomada, possui duas frentes de atuação: o compartilhamento de dados entre as duas instituições, visando o combate à criminalidade e a melhoria na segurança pública, e as denúncias feitas diretamente pelos cidadãos. Todos os dados registrados são enviados às autoridades policiais. Com essas informações, as forças de segurança podem atuar de forma mais precisa na investigação e prevenção desses atos criminosos.

Parceria com ISP e boletim de ocorrência on-line

Além da parceria com o Disque Denúncia, a Semove também firmou termo de cooperação com o Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP), para a institucionalização do Safe, que passou a ser uma ferramenta oficial do ISP, integrada com o sistema do Instituto e disponível para qualquer policial que tenha acesso ao ISP. O objetivo, de acordo com a Semove, é que o Safe se torne uma plataforma similar ao Brat (Boletim de Registro de Acidente de Trânsito), permitindo a quem sofre um acidente de trânsito fazer o registro desse acidente em um boletim de ocorrência de forma on-line. Ou seja: transformar o Safe em uma ferramenta de boletim de ocorrência on-line para que as empresa de ônibus não precisem mais se deslocar até uma unidade de segurança para registrar assaltos, roubos e depredações.

Como e por que utilizar o Safe?

O Safe funciona em portal na web, que pode acessado pelas empresas de ônibus do estado do Rio de Janeiro. Para fazer o registro, as operadoras devem preencher um formulário disponível no site, com várias informações que auxiliam no mapeamento dos locais das ocorrências, bem como ajudam na identificação dos assaltantes. Também há espaço para anexar arquivos de imagens e vídeos provenientes das câmeras de segurança dos veículos.

O combate à violência depende desse trabalho conjunto e, principalmente, da cooperação das empresas através da realização desses registros no Safe. De acordo com o artigo defendido no Arena ANTP, “o número de casos que não chegam ao conhecimento dos órgãos responsáveis é alto. Embora não se tenha exatidão, pesquisas de vitimização produzidas pelo IBGE (IPEA, 2000) e PNAD 2022, apresentam índices semelhantes de 58,4% e 55,2% de subnotificação. Ainda de acordo com o ISP, estas ocorrências concentram-se na capital, com 56,7% do total, e na sua Região Metropolitana, com 97,0% acumulados”.

 

 

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