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Cadastre-se27/10/2023
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) fez um levantamento para traçar o perfil dos brasileiros que trabalham para aplicativos. De acordo com a pesquisa, a primeira realizada pelo Instituto, 2,1 milhões de trabalhadores têm sua principal fonte de renda nessas plataformas. Além disso, 1,5 milhão atua como motorista de serviços de passageiros ou entregador de comida e produtos. A maioria (81,3%) é formada por homens, 48,4% com idades entre 25 e 29 anos e 61,3% com ensino médio completo ou superior incompleto.
Esses trabalhadores, que segundo o levantamento representam 2,4% da força de trabalho no Brasil, enfrentam longas jornadas de trabalho, de cerca de 46 horas por semana, contra a média de 39,5 horas dos demais trabalhadores brasileiros. O rendimento, ao contrário, chega a ser 37% menor do que quem trabalha na mesma função, mas sem ser em aplicativos A pesquisa considera apenas os trabalhadores do setor privado, tanto no mercado formal como informal.
Levando em consideração a renda média mensal (R$ 2.645), os trabalhadores de aplicativos ganham, em média, 5,4% a mais que o restante da população ocupada (R$ 2.510). Mas as jornadas são mais longas do que a média dos demais trabalhadores do setor privado. Portanto, ao comparar a renda por tempo de trabalho, quem atua por app recebe R$ 13,30 por hora trabalhada e os demais ganham R$ 14,60. Os entregadores recebem R$ 8,70 por hora, em média. Já os trabalhadores que fazem entrega em outros serviços, sem ser por apps, ganham em média R$ 11,90. Os motoristas de passageiros das plataformas recebem R$ 11,80 por hora e os demais têm remuneração média de R$ 13,60 a hora. Na média geral, portanto, aqueles que trabalham através de aplicativos ganham 15% menos.
Ainda em relação à remuneração, 97,3% dos motoristas de app disseram que o valor é definido pela plataforma. Quanto aos prazos, 80% dos entregadores, 67,5% dos motoristas e 62,3% dos trabalhadores em aplicativos de táxi informaram que a empresa determina o tempo em que a entrega ou corrida deve ser concluída.
O levantamento usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), do IBGE, numa cooperação com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Ministério Público do Trabalho (MPT).
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