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Patrícia começou sua carreira de rodoviária como cobradora, na Auto Viação Vera Cruz por indicação do irmão. “Ele já trabalhava como motorista na empresa e via o sufoco que eu passava com uma filha pequena. Aí ele me incentivou, disse que eu deveria tentar e eu fui. A empresa me deu oportunidade e suporte para evoluir. Foi com a ajuda da Vera Cruz, que tinha uma escolinha de motorista e convênio com uma autoescola, que eu troquei a categoria da minha carteira. Os instrutores se dedicaram a me ajudar nesse processo e eu consegui chegar à nova função. Isso mudou radicalmente a minha vida, que sempre foi muito difícil, passei muito sufoco… Essa oportunidade que eu tive de entrar na Vera Cruz mudou tudo. Hoje eu tenho tudo dentro da minha casa, graças a Deus. Não falta mais comida na mesa”, revela.
Separada e com uma filha que já completou 34 anos – “fui mãe muito nova” -, Patrícia acredita na força da mulher. “Antigamente a gente era meio reprimida, ‘não pode isso, não pode aquilo’; a gente pode, sim. Como se diz por aí, a mulher tem que estar onde ela quiser. E eu sou feliz na minha profissão. É tão gostoso ver aquelas pessoas que dependem de mim para se locomover, para ir pro trabalho, ganhar o pão de cada dia, para um curso, para a casa da mãe, do namorado… é muito gratificante”. Querida pelos clientes, Priscila diz que tudo é uma troca. “Às vezes paro no portão da casa, dou uma buzinada para avisar ao passageiro que cheguei… Nos locais mais perigosos, alguns ficam escondidos e já sei onde ficam… Tem um senhor que vende linguiça, queijo, essas coisas, e viaja muito comigo. Ele sempre me dá um queijo, ou uma manteiga. Tem outros que vêm com um pacotinho de bala, com um pedaço de bolo. Isso é muito legal”.
Além do seu dia a dia como motorista, Priscila desempenha também o papel de cuidadora dos idosos da família, de uma vizinha e de quem mais precisar de sua ajuda. “Moramos todos no mesmo quintal: minha mãe, meu pai, minha tia, meu tio. É como se fosse uma vila. Só eu, minha filha e minha irmã somos mais novas. Sobra mais para mim e minha filha, que casou recentemente. Então, a gente tem que cuidar deles. E graças a Deus eu tenho meu trabalho que me permite dar suporte a eles em tudo que eles precisam”, revela.
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